O Ministério da Saúde (MS) confirmou, na última quarta-feira, 26 de fevereiro, o primeiro caso positivo de coronavírus no Brasil. Essa é a primeira intercorrência da doença no país e em toda a América Latina. O vírus, rebatizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de Covid-19, não tem um tratamento específico e pertence a uma grande família viral que se espalhou a partir da região de Wuhan, na China, infectando mais de 59 mil pessoas somente no país asiático.

Devido a esse preocupante cenário, o Ministério lançou publicações para profissionais de saúde sobre o novo coronavírus, que estipula cuidados básicos ao entrar em contato com um caso suspeito. As orientações agem conforme cada etapa de atendimento e estão descritas no Boletim Epidemiológico 03, no tópico Medidas de prevenção e controle para atendimento de casos suspeitos ou confirmados.

Transmissão

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia? (SBI), alguns coronavírus são transmitidos de pessoa a pessoa pelo ar (secreções aéreas do paciente infectado). Na maioria dos casos, a transmissão é limitada e se dá por contato próximo, ou seja, qualquer pessoa que cuidou do paciente – como profissionais da saúde ou familiares – que tenham tido contato físico e/ou tenham permanecido no mesmo local que o paciente doente.

Sintomas

Os primeiros sintomas costumam aparecer cinco dias após o contato com o vírus e são semelhantes aos de uma gripe comum: febre, tosse, dor muscular, cansaço e, muitas vezes, início de pneumonia. A demora para procurar um hospital pode agravar os sintomas e causar doenças respiratórias mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), dificultando a possibilidade de tratamento e podendo levar o paciente a óbito. Ainda segundo a SBI, podem não ocorrer sintomas em alguns casos.

Caso o fonoaudiólogo, ou algum outro profissional da área de saúde, perceba um caso suspeito, deverá encaminhar o paciente para atendimento médico com o descritivo dos sintomas observados. A realização de um exame de biologia molecular é a única forma de identificar o material genético do vírus.

Prevenção

Enquanto uma vacina não estiver disponível, o melhor remédio é se prevenir adotando cuidados básicos no dia a dia. Lavar as mãos regularmente, cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, evitar aglomerações e ambientes fechados, não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos, copos e/ou garrafas) e utilizar lenços descartáveis são hábitos fundamentais neste momento. Além disso, é recomendável investir em práticas para fortalecer o sistema imunológico.

O fonoaudiólogo deverá seguir as recomendações de biossegurança, de acordo com as especificidades de sua área de atuação.

Ações

De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento as suspeitas de infecções passaram de 20 para cerca de 300. O MS diz que a ampliação da lista de países usados como critério para diagnóstico e confirmação do primeiro paciente brasileiro contribuíram para aumento súbito das notificações. O número de casos de suspeita do novo coronavírus no país deu um salto de cerca de 1.500% em menos de 24 horas após a confirmação do primeiro brasileiro contaminado.

O órgão anunciou a instalação do Comitê de Operações de Emergência (COE) para tratar do surto do coronavírus. O grupo tem o intuito de manter a população brasileira informada a respeito do surto e, por isso, tem monitorado, diariamente, a situação dos casos junto à OMS.

Publicações do Ministério da Saúde (Clique aqui)

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